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Ópera comunitária numa prisão de jovens

Ópera a partir da experiência da prisão

O Tempo é uma ópera comunitária, criada com jovens reclusos, familiares, antigos reclusos, habitantes de Leiria e funcionários da prisão.

O Tempo é uma ópera comunitária, criada com jovens reclusos, familiares, antigos reclusos, habitantes de Leiria e funcionários da prisão.

À primeira vista, a ópera teria pouco interesse para os jovens reclusos, especialmente se forem de outras culturas. Mas há anos que a Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP) trabalha com os reclusos de uma prisão juvenil em Leiria, no centro de Portugal, para produzir ópera e outros trabalhos artísticos.

O trabalho da SAMP é profundamente humanista, sendo que o objetivo do projeto de ópera era aproximar pessoas que normalmente são afastadas pela vida prisional.

O Tempo (Somos Nós)

Os reclusos estiveram no centro do processo de cocriação, mas a SAMP também queria envolver os seus familiares - pais, parceiros e até crianças - bem como os funcionários da prisão e as pessoas da comunidade local.

O Tempo (Somos Nós)

O Co-creation Stage é uma ferramenta baseada na Web que permite aos artistas de diferentes locais comunicarem em tempo real. Em Portugal, foi utilizado para interligar artistas que atuavam na prisão a outros numa sala de concertos a 150 km de distância.

O Tempo (Somos Nós)

Trinta jovens reclusos atuaram ao lado de quatro cantores profissionais. Metade esteve no palco, com os restantes projetados nas paredes do fundo do cenário, formando uma espécie de coro grego.

O Tempo (Somos Nós)
O trabalho da SAMP é profundamente humanista, sendo que o objetivo do projeto de ópera era aproximar pessoas que normalmente são afastadas pela vida prisional. O Tempo (Somos Nós)
Os reclusos estiveram no centro do processo de cocriação, mas a SAMP também queria envolver os seus familiares - pais, parceiros e até crianças - bem como os funcionários da prisão e as pessoas da comunidade local. O Tempo (Somos Nós)
O Co-creation Stage é uma ferramenta baseada na Web que permite aos artistas de diferentes locais comunicarem em tempo real. Em Portugal, foi utilizado para interligar artistas que atuavam na prisão a outros numa sala de concertos a 150 km de distância. O Tempo (Somos Nós)
Trinta jovens reclusos atuaram ao lado de quatro cantores profissionais. Metade esteve no palco, com os restantes projetados nas paredes do fundo do cenário, formando uma espécie de coro grego. O Tempo (Somos Nós)

Em primeiro lugar, a comunidade - reclusos, familiares, funcionários da prisão e artistas locais - criou uma ópera completamente nova, com base na sua própria experiência de ambos os lados dos muros da prisão. Trabalharam com três compositores e um libretista, utilizaram o mito de Ulisses e Penélope para criar uma meditação comovente e poderosa sobre a experiência da separação e as escolhas de vida que a podem produzir.

Em segundo lugar, utilizaram uma nova plataforma digital na Internet para combinar atuações ao vivo de diferentes locais, atravessando virtualmente as paredes que os separam.

Interpretaram Mozart com muito sucesso, na prisão e na sala de concertos da Gulbenkian em Lisboa. O projeto Traction deu-lhes a oportunidade de fazer algo radicalmente diferente.

O resultado foi uma ópera de grande originalidade, tão comovente quanto bela.

Antes de escreverem qualquer coisa, os três compositores e o libretista passaram semanas em workshops de música e teatro com os reclusos do Estabelecimento Prisional de Leiria.

O Tempo (Somos Nós)

A interação entre artistas profissionais e não profissionais desafia todos, suscita novas ideias e perceções e gera novas formas e significados alternativos.

O Tempo (Somos Nós)

Juntamente com a SAMP, os reclusos criaram a ópera comunitária.

O Tempo (Somos Nós)

Na prisão juvenil de Leiria, os reclusos atuaram com familiares em momentos-chave da ópera. O Tempo (Somos Nós)

O Tempo (Somos Nós) contava uma história filosófica de separação, tentação e prisão, na qual os amantes casados se mantinham fiéis e se reencontravam no final.

O Tempo (Somos Nós)

As óperas comunitárias proporcionam experiências maravilhosas para o público e para os intérpretes.

O Tempo (Somos Nós)

A introdução de linguagens musicais não operáticas como a rumba cigana, o rock e o rap tornou-se um alargamento natural da paleta.

O Tempo (Somos Nós)
Antes de escreverem qualquer coisa, os três compositores e o libretista passaram semanas em workshops de música e teatro com os reclusos do Estabelecimento Prisional de Leiria. O Tempo (Somos Nós)
A interação entre artistas profissionais e não profissionais desafia todos, suscita novas ideias e perceções e gera novas formas e significados alternativos. O Tempo (Somos Nós)
Juntamente com a SAMP, os reclusos criaram a ópera comunitária. O Tempo (Somos Nós)
Na prisão juvenil de Leiria, os reclusos atuaram com familiares em momentos-chave da ópera. O Tempo (Somos Nós)
O Tempo (Somos Nós) contava uma história filosófica de separação, tentação e prisão, na qual os amantes casados se mantinham fiéis e se reencontravam no final. O Tempo (Somos Nós)
As óperas comunitárias proporcionam experiências maravilhosas para o público e para os intérpretes. O Tempo (Somos Nós)
A introdução de linguagens musicais não operáticas como a rumba cigana, o rock e o rap tornou-se um alargamento natural da paleta. O Tempo (Somos Nós)

A obra final, O Tempo (Somos Nós) - foi apresentada na prisão a 3 e 4 de junho de 2022 e na Sala de Concertos Gulbenkian, em Lisboa, a 16 e 17 de junho de 2022, para uma audiência conjunta de cerca de 2.500 pessoas.

O apoio dos Serviços Prisionais e do Ministério da Justiça foi de extrema importância para tornar possível esta corajosa produção, e o debate continua sobre o papel da ópera e das artes na reabilitação. O financiamento já está assegurado para continuar o trabalho nos próximos três anos.

Mas talvez a prova mais convincente do sucesso do trabalho seja a forma como muitos reclusos mantêm o contacto com a SAMP após a sua saída da prisão: vários vieram ver a nova ópera e oferecer o seu apoio ao trabalho.

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